Esses dias eu fiz uma entrevista com a Ju Romano do Entre topetes e vinis pra saber como que funciona a faculdade de jornalismo e como é na prática. Quem lê o blog sabe que eu sou muito fã dela e foi uma honra enorme pra mim bater um papo (via facebook) com ela, que foi uma querida comigo e tirou todas as minhas dúvidas.
   Uns dias atrás eu tinha perguntado pra vocês lá no grupo se seria uma boa ideia fazer um post sobre profissões e como o retorno foi bem positivo, aqui está o primeiro post.



Ju, você escolheu o jornalismo por opção ou por influência da família?

Por opção. Aqui em casa meus pais só queriam que a gente fosse feliz. Nunca rolou uma pressão para ser nada que a gente não quisesse.


Onde você se formou?

Na PUC.


Você se considera bem sucedida profissionalmente?

Sim! Claro que eu quero crescer, mas acho que estou bem para minha idade. Eu me formei e já estava empregada em uma revista feminina (sempre quis trabalhar com feminina), com 23 anos já ganhei meu primeiro prêmio Abril de Jornalismo, então acho que para a minha idade, sou bem sucedida.


Quais são as vantagens e as desvantagens do jornalismo?

As desvantagens é que você descobre que é como trabalhar em qualquer outra empresa, você vai ter regras a seguir, horários e vai trabalhar muito. Não vai poder sair por aí falando o que quiser e a concorrência é absurda, sem contar o salário que é bem pequenininho. Mas vale cada segundo se você ama o que faz. Eu amo demais o meu trabalho e não trocaria por dinheiro - nem por nada! A melhor parte de verdade, para mim, é receber o carinho de leitoras e sentir que de fato o que você faz muda a vida das meninas para melhor, sabe?! Isso não tem preço. 



A realidade é como você esperava quando estava na faculdade ou até mesmo antes de entrar? 

A realidade de como eu achei que era antes da faculdade e como eu descobri que era na faculdade e depois, nos estágios, é totalmente diferente. De um jeito bem melhor é claro. Você descobre que há muito mais nessa profissão do que só o que dá para ver sabe?! Existe uma equipe imensa por trás dos apresentadores dos jornais, com funções muito mais legais!


Quanto tempo você levou para atuar depois da formação?

Eu estagiei desde o primeiro ano da faculdade, então quando eu já estava no último já tinha experiência para ser repórter. Fui contratada assim que me formei, na GLOSS onde eu era estagiária há 2 anos. 


Qual é a sua carga horária?

Teoricamente eu trabalho das 10hs às 19hs, mas como minha diretora diz, nós não trabalhamos com horários, trabalhamos com entregas. Então, desde que os textos estejam na mesa dela na data certa, podemos chegar e sair a hora que quisermos. Mas claro, eu adoro trabalhar e agora estou cuidando de moda e beleza do site, então passo muito tempo mesmo trabalhando.


Quais são as suas referências? Quais jornalistas você admira? 

Poderíamos ficar falando horas sobre isso aqui, eu admiro muito jornalistas como Gay Talese e Caco Barcelos, mas acho que por causa das suas obras como Fama e Anonimato (Talese) e Abusado (do Caco), que são meus livros do coração. Na carreira, eu admiro muito algumas editoras do meu convívio também, como a Adriana Yoshida (ex-Capricho e agora Claudia) e a Bel Ascenso (que foi editora de beleza da ELLE por mil anos). Nossa, eu tenho admiração por muita gente.



Se não tivesse feito jornalismo, faria o que?

Eu sou geminiana! Provavelmente teria feito 800 outras coisas! Brincadeira, quando eu prestei jornalismo, ao mesmo tempo prestei moda e ciências sociais. Quer dizer, eu nem sabia se tinha certeza do jornalismo, sabe?

Acabei passando nas 3 e optei por jornalismo justamente por ser uma profissão que te permite muitos caminhos. 
Mas se você me perguntasse hoje, o que eu faria se eu largasse o jornalismo, eu responderia com a maior certeza: viraria cabeleireira. Juro. Um sonho: abrir um salão de beleza, que tenha uma lojinha e um café gostoso dentro. Quem sabe um dia.


Qual é o maior benefício que essa carreira te trouxe? 

Ai que pergunta difícil! Eu sou muito feliz mesmo na minha profissão. Acho que o melhor benefício é poder chegar em pessoas que eu jamais conseguiria e, de alguma forma, conseguir ajudá-las. Todo mundo, quando vai fazer jornalismo, quer salvar o mundo. Aí, durante a faculdade você percebe que não é bem assim, que é uma profissão como qualquer outra. Então, quando você já está empregado, percebe que você pode não salvar o mundo inteiro de uma vez, mas que se você conseguir tocar uma pessoa que não teria como antes, já está no lucro. Eu, por exemplo, tenho o meu blog, onde eu posso falar e fazer o que eu quiser nunca ninguém trocou uma palavra do meu texto lá, através dele eu sinto que ajudo algumas leitoras, que melhoro algum aspecto da vida delas e isso acontece também com as matérias que eu publico no site e na revista. Que outra profissão me daria chance de ajudar tantas pessoas ao mesmo tempo? 



    Era isso meninas, espero que vocês tenham gostado da entrevista e que assim como eu, tenham se convencido mais ainda a fazer jornalismo (pra quem quer seguir essa carreira, como eu). Qual é a próxima profissão que vocês gostariam de ver aqui? Me contem! 

Um beijoo



5 Responses so far.

  1. Mariana says:

    Adorei a matéria! Vou prestar jornalismo e quanto mais informações e opiniões sobre a carreira eu encontro melhor, foi muito util pra mim! http://mareland.wordpress.com

  2. mychelle says:

    Adorei o post! Gosto muito da Ju Romano e ela foi tão simpática na entrevista! Não pretendo fazer Jornalismo, mas, mesmo assim, vim aqui ler.
    Uma Questão de Estilo

  3. Faço jornalismo e já estou no segundo semestre, e apesar de pouco tempo já sei o quanto vou ter q trabalhar para me "estabilizar", mas é como ela disse, se você faz o que gosta, qualquer coisa é válida.

  4. Who says:

    Nossa, Mariana, eu fico muito feliz ao ler isso! Boa sorte! bjs

  5. Who says:

    Obrigada pela atenção, Mia. A Ju é realmente um amor de pessoa. bjs

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